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Adultização nas Redes Sociais: o que os pais precisam saber para proteger juridicamente seus filhos

Updated: Aug 19

Você já parou para pensar que as redes sociais, mesmo parecendo inofensivas, podem estar antecipando etapas da vida de crianças e adolescentes? Esse fenômeno, chamado de adultização, está cada vez mais presente — e, além de impactos emocionais, traz riscos jurídicos para toda a família.


Neste artigo, explico de forma simples o que é adultização, quais são as leis que protegem menores no Brasil e como pais e responsáveis podem agir para evitar problemas.


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O que é adultização?

Adultização é a exposição precoce de crianças e adolescentes a conteúdos, comportamentos e responsabilidades típicos de adultos. Nas redes sociais, isso pode acontecer quando menores:


  • Consomem conteúdo sexualizado ou violento;

  • Sofrem pressão estética e de consumo;

  • Participam de debates e polêmicas adultas; e

  • Interagem com desconhecidos que assumem papéis de adultos.


Proteção jurídica no Brasil


A legislação brasileira protege crianças e adolescentes de forma ampla:


  • Constituição Federal, art. 227: dever da família, sociedade e Estado de proteger contra negligência, exploração, violência e discriminação.

  • ECA (Lei 8.069/90): proíbe a exposição a conteúdos impróprios e prevê punição para quem coloca menores em risco.

  • LGPD (Lei 13.709/18): exige consentimento específico dos pais para uso de dados pessoais de menores.

  • Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14): garante direito à remoção de conteúdos ilícitos ou que violem direitos de personalidade.


Riscos para pais e responsáveis


Muitos pais não percebem que também podem ser responsabilizados caso:

  • Publiquem ou autorizem imagens sexualizadas de seus filhos;

  • Permitam uso das redes sem supervisão, resultando em danos (ex.: cyberbullying ou aliciamento);

  • Exponham excessivamente a vida da criança, facilitando o uso indevido por terceiros (sharenting).


Como prevenir problemas


  • Não ignore a idade mínima das redes (13 anos na maioria). Criar conta antes disso, mesmo com supervisão, é burlar regras e expor seu filho a riscos que você não controla.

  • Supervisão não é espiar de vez em quando: é saber com quem seu filho fala, que páginas segue e que conteúdo consome, todos os dias.

  • Privacidade não é luxo: ative todas as configurações possíveis e nunca permita geolocalização ou publicação irrestrita de fotos.

  • Converse de forma firme sobre segurança digital: explique que não se fala com estranhos, não se compartilha informações pessoais e que “nada some da internet”.

  • Participe ativamente da vida digital do seu filho: siga os mesmos perfis que ele, saiba o que posta e com quem interage.

  • Entenda: omissão também gera responsabilidade. Se algo acontecer por falta de cuidado, o dano atinge a criança — mas a conta pode chegar para você.


Quando buscar ajuda jurídica


Não espere o problema virar notícia ou boletim de ocorrência para procurar um advogado. O apoio jurídico serve não só para agir depois do dano, mas principalmente para prevenir e orientar.


Um advogado pode:

  • Explicar quais medidas legais tomar antes que a situação piore;

  • Orientar sobre como registrar provas de conversas, imagens e publicações;

  • Ajudar a configurar perfis e limitar exposição para evitar riscos futuros;

  • Intermediar contato com plataformas para remoção rápida de conteúdos;

  • Encaminhar denúncias ao Ministério Público ou à polícia de forma estratégica;

  • Avaliar se há direito a indenização e qual o melhor momento de cobrar judicialmente.


Exemplos práticos para procurar ajuda imediata:

  • Recebimento de mensagens suspeitas ou de conteúdo sexual por parte de estranhos;

  • Descoberta de que fotos do seu filho estão circulando sem autorização;

  • Casos de humilhação pública ou ameaças por colegas de escola; ou

  • Percepção de mudança brusca no comportamento da criança associada ao uso da internet.


💡 Lembre-se: buscar aconselhamento jurídico cedo pode evitar um trauma maior, economizar tempo e impedir que o problema se agrave a ponto de exigir uma ação judicial longa.


🔎 Conclusão


As redes sociais fazem parte da vida moderna, mas a proteção da criança e do adolescente é um dever jurídico e afetivo. Estar presente, estabelecer limites e buscar apoio especializado quando necessário é fundamental para garantir segurança e desenvolvimento saudável.


📞 Se precisar de orientação jurídica para proteger seu filho de riscos online, entre em contato comigo.

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